segunda-feira, 7 de setembro de 2009

perdida de referências

Não sei bem, às vezes me perco
No meio de tantas histórias, conversas e lutas
Sem um pouco de calma, só cobranças e rugas
É de se ficar assustada, feito criança no escuro

Já nem sei onde estão os contos que escrevi, as cartas que recebi,
Os trechos que anotei, as histórias que eu não contei.
Em alguma caixa, atrás do pó e da memória, talvez
Embaixo da cama, no fundo do armário, perdidos de vez

Escapando de mim pelos sopros, não seguro
Fico aqui, procurando cores pra colorir a solidão
Que só aumenta nesse mundo sem perdão
Atrás de vidas que pulsem demonstrando toda beleza do mundo
Que se resume ao universo de simplicidade sem compreensão

Aceito o que tiver como parte de mim
Faço (d)a arte o que eu quiser desde que faça sentir
Me deixo viver, não peço permissão
Não procuro mais começo, meio ou fim
Aceito a condição de encher o coração hoje nem tão frio assim.

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