quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O que eu quero nem sempre é o que eu quero

Um dos meus grandes problemas é não ter paciênca. Pra tudo. Sou muito ansiosa, não aguento ter que ficar esperando as coisas acontecerem, parada. Não tenho, também, paciência pra deixar as coisas amadurecerem. Daí tento dar um passo maior que a perna, aquilo de realizar o conto de fadas em uma semana. Acontece que não existem contos de fadas. E, mesmo que existissem, eles não iriam durar uma semana. Ou talvez durassem, pra depois irem se desrenolando e mostrando que, enfim, é tudo vida real. Com alto e baixo, discussões, declarações, risadas, choros e separações Desencontros, enfim. De idéias, de atitudes, de amores, de missões. Como disse, não tenho paciência pra nada. Quando o desenrolar não se dá como prometido - a gente sempre promete (e realmente espera) o melhor, maior mais intenso amores de todos os tempos - e começam a acontecer o que eu costumo chamar de essas coisinhas, e perco (novamente) a paciência. Sinceramente, não tenho mais saco pra novelas mexicana e amores mal resolvidos. Passei da idade, talvez, já vivi isso demais. E não é que eu não aprecie a ntensidade, nada disso, é a coisa que eu mais amo na vida. Mas eu realmente não suporto essa história de mal-me-quer e dramalhão. Desligo o celular, finjo que escuto e penso em coisas boas, ouço minhas músicas, saio pra dançar, pra comer sushi, pra olhar as estrelas, telefono pra alguns amigos e pronto: volto a ser eu. Eu tenho essa necessidade muito grande, sabe. De ser eu. É até meio egoísta. Já ouvi que eu "não sei me relacionar". Talvez não saiba mesmo. Mas afinal, quem sabe? Quem é que dita as regras de qualquer relacionamento? Não existem regras. E eu crio as minhas maneiras de viver algo saudável pra mim, pro próximo, pra qualquer pessoa que venha a se envolver comigo, de qualquer jeito que for. Respeito as diferenças, os modos de viver a vida, mas, por favor, respeite o meu jeito, a minha maneira. Faço concessões se achar necessário, mas tem coisas em mim que são imutáveis. Pode até ser infantil, às vezes eu acho que é mesmo, mas sou eu. E é, eu gosto de mim. Muito. Do meu jeito, do que acredito, do que tenho de valores e como vivo a minha vida: gosto - e não pretendo mudar. E não é ranço, nem raiva, nem ódio, nem vingança, é só verdade. E mas do que gostar de ser eu, eu PRECISO ser eu - e só eu - de vez em quando. Longe de tudo e de todos, com meus precious few que me conhecem mais do que eu mesma.